abr 11, 2023 yasmim Destaques, Dúvidas Comentários desativados em Como e quando ligar o carro depois de uma enchente?
Não, apesar dos componentes do veículo apresentarem vedação e proteção contra água devido às chuvas, em uma situação crítica decorrente de enchentes podem trazer sérios problemas. Quanto maior for a exposição à água e o tempo de contaminação, piores serão as complicações para o automóvel.
Se não foi possível buscar locais mais altos no momento da chuva e infelizmente o veículo ficou alagado, o mais indicado é chamar um guincho e levá-lo para uma mecânica de confiança para fazer as verificações e troca de fluidos. É o que explica Caio Freitas, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil.
Segundo Caio, mesmo que, visualmente, o carro não aparente ter sofrido avaria, o motorista não deve jamais tentar ligar o veículo. “Ocorrências como essa costumam contaminar, inclusive, fluidos e lubrificantes, o que, durante a tentativa de funcionamento ou circulação por certo período com água no sistema, pode acarretar em danos maiores”, ressalta.
Os procedimentos após enchente incluem verificação detalhada do filtro de ar, cabos e velas. Só depois dessas averiguações o carro pode funcionar novamente.
Caio explica que ligar o veículo antes de verificar sua situação pode fazer com que a água invada alguns reservatórios e componentes, provocando falhas aos itens não verificados.
Qualquer veículo que tenha passado por um episódio que a água invadiu seu interior pode apresentar oxidação e corrosão das peças, e contaminação dos fluidos, lubrificantes, danos mecânicos e eletroeletrônicos nos sistemas de injeção, multimídia, controle de estabilidade e ABS.
Além disso, os estofados encharcados podem acumular água por muito tempo e precisam de uma higienização profunda para retornar ao seu estado antes do alagamento.
Outro ponto é a troca obrigatória do óleo do motor e do filtro de óleo. Isso é necessário pois a água “lava” o óleo, fazendo com que perca suas propriedades lubrificantes. O que contribui com o mau funcionamento dos componentes do veículo.
“A inexistência da mudança dos fluidos pode, em determinados casos, aumentar os danos mecânicos do veículo, ocasionar calço hidráulico em alguns sistemas e até oferecer risco de segurança aos passageiros”, finaliza Caio Freitas.
Fonte: Garagem 360
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