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Sociedade pode se mobilizar contra os altos índices de mortes no trânsito com a contínua educação de trânsito
De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas como, por exemplo, excesso de velocidade, uso do celular, desrespeito à sinalização, não utilização de equipamentos de segurança obrigatórios, dirigir com sono ou com muito cansaço, entre outros motivos. Segundo o órgão, 5% dos acidentes têm motivação em falhas no veículo e 5% das ocorrências de acidentes, as causas estão associadas ao “Fator Via”.
Celso Alves Mariano, especialista em trânsito, diz que é preciso um equilíbrio entre as três áreas (Engenharia, Esforço legal e Educação), uma vez que o fator contribuinte mais importante para os acidentes de trânsito é o comportamento de seus usuários, o que aponta diretamente para a educação como culpada, por sua falta, mas também como solução, se aplicada. Para o especialista, “o lado menos atendido deste tripé no trânsito brasileiro é o da Educação, por isso é clara sua importância, muito mais pela fragilidade do momento do que por ser mais importante que as outras”.
Os números apontam a urgência de uma mobilização social em favor da redução de mortos e feridos no trânsito. Em todos os casos, esses índices podem diminuir com a condução responsável, manutenção preventiva do veículo e a conservação das vias. No entanto, uma possível solução para diminuir os acidentes no trânsito, está a educação para o trânsito, um investimento a ser feito por pessoas e organizações.
Camila Toppel, 26 anos, tirou a CNH há cinco anos e diz que “após tirar a carteira de motorista e com a exposição no trânsito, a atualização das normas e regras são necessárias, aliando o conhecimento teórico ao dia a dia”. A especialista em Comunicação e Sociedade complementa ainda que “quem não pensa no outro, automaticamente não pensa em si próprio. Muitas vidas são perdidas por situações que poderiam ser evitadas se houvesse uma maior conscientização e também, um trabalho maior de fiscalização”.
Para Mariano, o que falta para a sociedade se mobilizar contra os altos índices de mortes no trânsito é o desenvolvimento de uma cultura de segurança. “O caminho para chegarmos lá, necessariamente passa pela cidadania e pela educação. Em mais de 18 anos de vigência de um Código de Trânsito que, em seu texto, privilegia a educação, o que menos se fez foi, justamente, educar para o trânsito. No geral, o que deveria ser um grande esforço conjunto com as escolas para implementar um Programa de educação para o trânsito, está resumido a peças publicitárias e campanhas pontuais e de duração efêmera. Ou seja, até há algum esforço, mas ele é escandalosamente insuficiente”, esclarece.
Um exemplo de programa que busca sensibilizar a sociedade para a educação no trânsito é o Programa Transitare Mobilidade, lançado este mês pela Editora Tecnodata Educacional e que reúne todos os conhecimentos necessários para uma convivência segura no trânsito, especialmente desenvolvido para quem já é condutor. A ideia do produto é atualizar conceitos, rever posicionamentos e autoavaliar comportamentos. O Transitare Mobilidade é foi feito em formato revista e com uma diagramação moderna e inovadora. Útil e eficaz para provocar o debate em família, com amigos ou entre colaboradores.
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De acordo com o especialista, “assim que, aos poucas empresas começam a se interessar por educação para o trânsito e prevenção de acidentes, normalmente motivados pelos impactos negativos de ter seus veículos – e portanto, sua marca – envolvidos em acidentes, licenças médicas, absenteísmo e stress de seus colaboradores. Em todos os casos e possibilidades, a educação é uma ferramenta indispensável”, conclui.
Fonte: Portal do Trânsito
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